segunda-feira, outubro 16, 2006

Regresso...

Umas tão poderosas e tão verdadeiras como a própria Vida, outras tão fugazes mas mesmo assim cheias de energia. Algumas mais suaves, esbatendo-se contra um fumo ténue que as embaraça, que nos embaraça... Verdes, castanhas, pretas... tantas e tão diversas...

Saber-lhes a importância é crucial, mesmo que muitas vezes elas fujam e percam-se em caminhos sombrios deixando-se levar por devaneios que nos confundem mas mesmo assim nos permitem voar... Não poderemos jamais tomá-las e domá-las como se fossem nossa propriedade...
Afinal têm vida própria e são tão instáveis como o próprio ser humano... Tantas vezes que se prendem em meios-tons ou em ecos surdos que não compreendemos, poucas são as alturas em que tentamos agarrar todos os seus sentidos e torná-los nossos tal é a vastidão do seu próprio génio...

Diversas são as vezes em que optamos por não as abraçar, tentando que elas fluam sem qualquer desígnio da nossa parte... Quantas vezes nos enganamos e deixamos que elas façam troça de nós com a sua relevância nos nossos instantes...

Percebê-las. Compreendê-las. Saborea-las. Amá-las. E porque não pintá-las?

Verdes, castanhas, pretas... e de novo azuis...

As palavras, claro!

1 Comments:

Blogger Lígia Mendes said...

E quando é o pincel a conduzir a mão do artista... quantas palavras desenhadas com a inconsciência dos tais "instantes"! Ainda assim, defendo-as: escrevei, pintores, escrevei! Já basta ficar sempre tanto por dizer...

6:13 da manhã  

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