quarta-feira, setembro 13, 2006

Pedaços do tempo


Encostou-se a uma árvore e deixou-se deslizar até se sentar, viu os pescadores e os turistas a passar, no meio de uma civilização acelerada tinha conseguido parar, precisava acalmar pensamentos e sentimentos e ali, encostado aquela árvore desfolhada parecia-lhe o lugar ideal.
Procurou durante minutos que lhe pareceram horas a energia que necessitava, estava cansado, sentia-se vazio, quase inerte... Quando deixou de a procurar a energia veio ter com ele, invadiu-o lentamente e deixou-o com uma clareza incrivel, quase que se sentia tentado a explodir em gargalhadas. Durante mais de uma hora deixou-se ficar, equacionou levantar-se, passear, correr, gritar, tudo parecia estar ao seu alcance.
Passou pelo dia como uma flecha, sentia-se leve. Tão leve.
E foi pelo final desse mesmo dia que insistiu em partilhar essa energia... Em mostrar o que lhe tinha feito tão bem... Lembrou-se que partilhar energia é das coisas que mais a renovam...
Não se encostaram a uma árvore, não foi necessário. Todo o ambiente se transformou num momento mágico, numa partilha genuína e fantástica. Apenas o ruído de um rio que quase lhes acariciava os pés e as suas vozes primeiro trémulas e depois soltas, nada os incomodou...
Deixaram-se levar pelo instante, e acreditaram na energia do lugar... rapidamente ela inundou-os e deixou-se crescer numa pureza tremenda...
Não existirão nunca palavras para descrever o abraço, o olhar, o sorriso, o momento...
Ps. Estou Feliz!

2 Comments:

Blogger Lígia Mendes said...

:)

7:39 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

:O

sempre as palavras no momento certeiro ... e sempre as entrelinhas, sempre.

:)

5:14 da tarde  

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