segunda-feira, fevereiro 12, 2007

O mais belo acto de fé é o que sai dos teus lábios em plena obscuridade, no meio dos sacrifícios, dos sofrimentos, o esforço supremo de uma vontade firme em fazer o bem. Como um raio, este acto de fé dissipa as trevas da tua alma; no meio dos relâmpagos da tempestade, ela eleva-te e conduz-te a Deus.A fé viva, a certeza inquebrantável e a adesão incondicional à vontade do Senhor, eis a luz que alumia os passos do povo de Deus no deserto. É esta mesma luz que resplandece a cada instante em todo o espírito agradável ao Pai. Foi também esta luz que conduziu os magos e os fez adorar o Messias recém-nascido. É a estrela profetizada por Balaão (Nm 24,17), o archote que guia os passos de todo o homem que procura Deus.Ora esta luz, esta estrela, este archote, são igualmente o que ilumina a tua alma, o que dirige os teus passos para te impedir de vacilar, o que fortifica o teu espírito no amor de Deus. Tu não a vês, tu não a compreendes, mas isso não é necessário. Tu só verás trevas, certamente não as dos filhos da perdição, mas sim as que rodeiam o Sol eterno. Tem por certo que esse Sol resplandece na tua alma; o profeta do Senhor cantou a seu respeito: “na tua luz é que vemos a luz” (SL 36,10).
Santo (Padre) Pio de Pietrelcina (1887-1968), capuchinho