Dias...
Abri a folha pintada a azul e rosa, pareceu-me tão abandonada... Há quanto tempo, num gesto (ir)reflectido, nada aqui escrevo...
Saí há pouco para a rua, o caminho é sempre o mesmo por volta desta hora quando estou em casa. Matar um vicio e alimentar outro. Não foi preciso dizer uma palavra para que ambos fossem atendidos. Talvez já o faça há demasiado tempo. Previsibilidade. Acaba por ser mais simples. Não me importo. Acho que nem nunca tinha dado realmente importancia a tal facto.
São 18:13. O fantasma do 13 nas horas ainda não me abandonou mas também não encontrei a sua mensagem. Talvez seja esta uma forma de o exorcisar, sabendo porém que ele há-de voltar até que a mensagem seja entregue.
Quantas mensagens nos são colocadas à disposição e nós simplesmente ignoramos, chamamos-lhe coincidências - acreditasse eu em coincidências - ou simples acasos. Acreditar que as pessoas que connosco se cruzam têm uma mensagem para nos trazer abre-nos o espirito, mas nem por isso temos de aguardar pacientemente pela mensagem. Basta-nos estar alerta.
Somos surpreendidos pelo avançar do tempo, esse vagabundo que não espera por ninguém, quantas vezes perdidos, quantas vezes desprovidos de qualquer energia....
A verdade é que ele não espera por ninguém, e não dará espaço para que possas pensar, aprender a pensar lucidamente em andamento é uma tarefa árdua mas realizável...
escrito por Rogério Junior às 6:13 da tarde
3 Comments:
Estranhamente também não acredito em coincidências, cada um se serve do que lhe está mais à mão. Só para dizer que desta vez as tuas palavras deram-me uma explicação bem clara e elucidativa para o "fim" que ainda não tinha compreendido. Percebi a mensagem que me deram, ainda que tenhas sido tu a abrir-me os olhos.
Obrigada
(posso dormir agora sem medo do frio)
Este delirio está confuso. Percebi isso enquanto o escrevia mas deixei-o ficar. Parece-me que cada parágrafo poderia ser explorado e ser um "post" e aí ficaria mais composto...
Enfim...
Não agradeças, não a mim... talvez à noite...
O que não invalida que a mensagem custe a interiorizar. Há gestos e rotinas que se criam em volta de um propósito que se desvanece (só agora? não creio, mas enfim).
Vim reler a mensagem, a ver se ainda me faz sentido, ou a procurar uma desculpa para a desperceber ...
Faz sentido, daqui a uns tempos vou conseguir achar que ainda bem que assim o é :P
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