sexta-feira, abril 14, 2006

Amor Sem Fronteiras

Depois de uma manhã dedicada ao cinema em casa, coincidência vai, coincidência vem e lá vem mais um post de considerações introspectivadas. Uma História de Amor em Japonês, O Que Deus Criou e Amor sem Fronteiras - os três filmes que, escolhidos "por acaso", me acompanharam nesta sexta-feira Santa, deixando pegadas no terreno arenoso da minha Alma. No meio de cerca de cinquenta filmes, apenas escolhi vêr o primeiro destes três. Os outros dois impuseram-se e eu deixei-os. Mais vale não contrariar estes pedidos de atenção - alguma intenção hão-de ter!
Uma História de Amor em Japonês - escolhi este, devido à minha paixão pelo Oriente, mas fiquei decepcionada com o conjunto, do qual apenas se destacava o personagem principal, um Japonês lindo de morrer!! Exploração da morte e história sem pés nem cabeça.
O Que Deus Criou - América. Anos 30. Racismo e primeira intervenção cirúrgica ao coração. Profundamente emotivo e portador de uma mensagem: às vezes, é preciso ír para além de nós mesmos, sermos pisados, deixar o nosso orgulho caír por terra; para alcançar um sonho. O segredo? Olhar para o horizonte e não para a ponte que teremos de atravessar para alcançar esse horizonte. Mesmo que, por baixo dessa ponte, crocodilos gulosos aguardem avidamente que escorreguemos das tábuas corroídas e bafientas, sobre as quais caminhamos.
Amor Sem Fronteiras - Mais uma história de Amor, pensei. Nada disso, ou pelo menos, não apenas isso. Angelina Jolie leva alimentos a um campo de refugiados em África. No meio do deserto, entre homens e mulheres que gritam, implorando por um pouco de comida, ela vê uma criança esquelética e decide salvá-la. Era apenas mais uma vida que partiria. Que importância teria esse facto, entre tantos outros semelhantes? Para ela, valeu a pena. Assim como vale para todos aqueles que diariamente se debatem de forma voluntária pela vida de pessoas que não conhecem. Depois, veio a tal história de Amor, mas vivida com o mesmo pano de fundo: morte, sofrimento, injustiça provocados pela indiferença de todos nós, aqui deste lado, sentados confortavelmente em frente à televisão, a vêr diariamente o mesmo episódio de fim do mundo, mas com personagens diferentes a cada dia.
Uma sequência de filmes, de realidades, que se aproximou, pouco a pouco do objectivo deste chamamento... Compreendes, não é? Eu também compreendi. Porque não me fiquei apenas pelo primeiro ou pelo segundo dos filmes? Porque há verdades das quais não podemos fugir, urgências universais que se tornam num objectivo de vida pessoal. Porque o sonho comanda a Vida e porque não vale a pena Viver se não for por ele...

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Escreve muito bem!Usa as palavras certas para que provoca todos os tipos de sentimento...

6:25 da tarde  
Blogger Lígia Mendes said...

Obrigada, mas não faço mais que depositar sentimentos...

7:51 da tarde  

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